Primeira final no Jamor. Quatro viagens com materiais "às costas". |
Episódio 6 Têm sido inúmeros os episódios que ilustram o espírito de sacrifício, derivados das dificuldades e limitações inerentes à nossa acção. Em 1988 o SCP conquistou o acesso à final da Taça de Portugal, tendo como opositor os lampiões. Tratou-se da primeira final de Taça de Portugal da Torcida Verde. Considerada como a festa do futebol, a nossa primeira final da Taça foi um dos primeiros momentos em que sentimos o peso das dificuldades "logísticas". Como transportar até ao Jamor todas as bandeiras, tambores e sobretudo os tubos de madeira e de PVC? À data, eram poucos os nossos elementos que tinham viatura própria. Os meios eram escassíssimos. Neste contexto, retivemos na memória a ajuda de um nosso amigo, o qual apesar de não ser adepto do nosso SCP, disponibilizou a sua viatura de razoáveis dimensões para o transporte dos materiais desde a Praça de Alvalade, local das nossas primeiras instalações, até ao Jamor. E, para além de tudo, ainda foi o motorista de serviço em seis viagens (três para cada lado). Um bem-haja para o Henrique que, entretanto, regressou à sua Ilha do Sal. Um exemplo de amizade e solidariedade que supera a rivalidade mesquinha e doentia que separa os adeptos. |
Tratam-se de situações marcantes para os militantes da Torcida Verde que viveram essas jornadas ao vivo e a cores.
Desde 1984, o ano da sua fundação, a Torcida Verde tem vivido inúmeros episódios que forjaram o seu carácter e determinaram em grande parte a sua acção.
Tratam-se de situações marcantes para os militantes da Torcida Verde que viveram essas jornadas ao vivo e a cores.
São momentos diversos, com personagens tão diferentes como dirigentes desportivos ou institucionais até aos adeptos e cidadãos mais anónimos.
Neste espaço esses pedaços de história da Torcida Verde são evocados com humor, ironia, determinação e muita convicção. Uma abordagem que se pretende tão original como interventiva, bem evidente nos inúmeros episódios em que se denúncia a hipocrisia, o cinismo, a falta de coragem, o preconceito, a imbecilidade, a mesquinhez, a reverência ou a subserviência.
Simultaneamente muitíssimos outros momentos evocam grandes batalhas assumidas pela Torcida Verde em nome das nossas convicções e ideal clubista.
Estes textos ilustram o percurso da Torcida Verde, tantas vezes rumando num mar turbulento repleto de contradições que emergem, invariavelmente de factores exógenos e externos à natureza associativa do mundo dos clubes e dos adeptos.